sábado, 6 de setembro de 2014

PALAVRAS TROCADAS


Vejo-me confusa, numa maré de sentimento e indecisões.
Tudo parece tentar alertar-me de algo..., de algo aparentemente perfeito...
Encontro-me inundada por múltiplas ondas da felicidade
Destinei-me a esse barco, que agora o vejo de perto
Solta-me ao peito o medo de ter encontrado
Mas eu..., simplesmente tenho medo.
Não quero ouvir..., porque sei que despertarei no meio do meu lindo sonho.
Solta-me a alma a vontade de escrever que há muito me faltava
Sinto-me invadida por algo que tão pouco sei descrever
Aproveito o tempo e faço-me sentir importante, amada e percebida por mim mesma...
Apenas medo... apenas medo...
Esforço-me, na tentativa de perceber.
Maltrata o meu corpo com beijinhos, destrói o meu ser com carinho, faz-me ser a rainha do nosso reino.
Vários sentimentos do fundo do meu ser, sufocam-me num oceano, onde o receio faz parte de seu habitat
Encontrei-te sim, mas não te percebo, não me percebo, tão pouco quero te perder
Sentimento existe, mas corre de mais, responsabiliza-me de mais
Medo, apenas  medo
Será o incerto mascarado de certezas...
Sera que sou eu, a Bela entorpecida pela indecisão
Prefiro decidir no silencio
Ou eu aceito e calo ou então abandono o barco cujo capitão desconheço


Esta é a carta que nunca será enviada.

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